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OUTUBRO ROSA – Combate ao Câncer de Mama

OUTUBRO ROSA – Combate ao Câncer de Mama

Por: Jane Érica Nascimento Silva Souza
O QUE É CÂNCER DE MAMA?

É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

O CÂNCER DE MAMA É COMUM NO BRASIL?

Sim. É o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também o que causa mais mortes por câncer em mulheres.

Em 2016 – 57.960 casos novos estimados

Em 2014 – 14.622 mortes

SÓ AS MULHERES TÊM CÂNCER DE MAMA?

Não. Homens também podem ter câncer de mama, mas isso é raro (apenas 1% dos casos).

CAUSA

Não há uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama. O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.

FATORES DE RISCO

Comportamentais/ambientais

  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo (não fazer exercícios);
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia).

História reprodutiva/hormonais

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter amamentado;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Ter feito uso de contraceptivos orais por tempo prolongado;
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Hereditários/genéticos

  • História familiar de:
    • Câncer de ovário.
    • Câncer de mama em homens.
    • Câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos.
  • A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2, tem risco elevado de câncer de mama.

A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.

SINAIS E SINTOMAS

  • Caroço (nódulo) fixo e geralmente indolor;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • Saída de líquido anormal das mamas.

Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.

COMO PERCEBER OS SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA?

Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Olhe, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas.

Em caso de alterações persistentes, procure o médico.

MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO

Além de estarem atentas ao próprio corpo, é recomendado que as mulheres façam exame de rotina. O rastreamento é a realização de exame de rotina para identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas.

No caso do câncer de mama, o exame recomendado é a mamografia.

Mamografia é uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de visualizar alterações suspeitas.

QUEM DEVE FAZER MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO?

É recomendado que Mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.

A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade.

Alterações suspeitas também podem ser avaliadas pelo exame clínico das mamas, que é a observação e palpação das mamas por médico ou enfermeiro.

RISCOS E BENEFÍCIOS DA MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO

A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos.

Benefícios

  • Encontrar um câncer no início e ter um tratamento menos agressivo.
  • Menor chance de morrer por câncer de mama, em função do tratamento

Riscos

  • Resultados incorretos;
  • Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso-positivo) gera ansiedade e estresse;
  • Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso-negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher;
  • Ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama;
  • Exposição aos Raios X (raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição).

POR QUE A MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO NÃO É INDICADA PARA MULHERES COM MENOS DE 50 ANOS?

Antes dessa idade as mamas são mais firmes e com menos gordura (densas), o que torna o exame limitado para identificar as alterações, gerando muitos resultados incorretos.

E AS MULHERES COM 70 ANOS OU MAIS?

Nesta faixa etária é maior o risco de revelar um tipo de câncer de mama que não causaria prejuízos à mulher.

DIAGNÓSTICO

É recomendado que as mulheres conversem com o médico para avaliação do risco e a conduta a ser seguida.

A mamografia e o exame clínico das mamas identificam alterações suspeitas, mas a confirmação de câncer de mama é feita em laboratório pelo exame histopatológico, que analisa uma pequena parte retirada da lesão (biópsia)

O acesso à investigação diagnóstica das alterações suspeitas da mama, de modo ágil e com qualidade, é um direito da mulher.

Os serviços de saúde devem priorizar a consulta das mulheres com nódulo ou outras alterações suspeitas da mama. A rapidez da avaliação facilita a detecção precoce da doença.

MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA

Assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica geralmente não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas e o exame apresenta muitos resultados incorretos.

FATORES DE PROTEÇÃO

  • Manter o peso corporal adequado;
  • Praticar atividade física;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama;
  • A amamentação também é considerada um fator protetor.

DICAS PARA AUTO-EXAME DAS MAMAS

Movimentos da mão no auto-exame:

 

  1. Vertical – a mão caminha para cima e volta para baixo, cobrindo toda a mama.
  2. Espiral – a mão realiza movimentos concêntricos, indo da periferia da mama até o mamilo.
  3. Quadrantes – a mão vai do mamilo até a periferia e volta.

Estes movimentos devem ser feitos em frente ao espelho, no banho e deitada.

COMO FAZER O AUTO-EXAME

Para tocar os seios use apenas as pontas dos dedos, com a mão espalmada.

Cada vez que você tocar a mama, faça um pequeno círculo com os dedos.

Antes do Banho: Espelho

  1. Coloque-se frente ao espelho, com os braços apoiados nos quadris;
  2. Inspecione seus seios: alterações no tamanho, na forma e no contorno de cada mama. Observe pele (alterações de textura) e mamilos;
  3. Pressione as mãos contra os quadris. Esta manobra movimenta o músculo peitoral. Mantenha pressionado. Observe novamente; (Houve alguma modificação na pele, nos mamilos?)
  4. Comprima seus mamilos gentilmente com os dedos polegar e indicador. Observe a saída de secreções;
  5. Coloque seus braços sobre a cabeça. Inspecione seus seios: Alterações na pele, nos mamilos;
  6. Force seus cotovelos para fora. Esta manobra movimenta o músculo peitoral;
  7. Mantenha os cotovelos para fora. Observe novamente. (Houve alguma modificação na pele, nos mamilos?)

No Banho

  1. Coloque seu braço esquerdo sobre a cabeça;
  2. Toque seu seio esquerdo ensaboado com os dedos indicador, médio e anular da mão direita, apertando gentilmente, mas com firmeza, fazendo pequenos círculos;
  3. Faça os movimentos verticais, depois os espirais e, finalmente, em quadrantes;
  4. Examine suas axilas;
  5. Faça o mesmo com o seio direito;
  6. Com o tempo você fará este exame em poucos minutos…

Deitada

  1. Coloque um travesseiro debaixo do lado esquerdo do corpo e a mão esquerda sob a cabeça. Com os dedos da mão direita, apalpe a parte interna da mama. Inverta a posição para o lado direito e apalpe da mesma forma a mama direita.
  2. Com o braço esquerdo posicionado ao lado do corpo, apalpe a parte externa da mama esquerda com os dedos da mão direita.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. MINISTÉRIO DA SAÚDE.
A Mulher e o Câncer de Mama no Brasil. Rev. 3° Ed. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home.

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